Costumo dizer que as boas ideias estão guardadas numa nuvem cor de rosa e que quando ouvimos a nossa intuição ou seguimos o coração sem regras, acedemos a esse potencial de éter criativo.
Às vezes não sei como se faz. Há tanto barulho, mesmo no silêncio mais profundo que se perde o som do pulsar. Mas também há outros momentos, com sorte, em que a nuvem cor de rosa desce até aos nossos neurónios quando menos se espera.
A maior parte das coisas boas vem quando não se espera, certo? E esperar nem sequer é bom. Bom é usufruir do tempo em que não se pode fazer nada. Em tempos vi um filme que me inspirou muito e embora tente mesmo lembrar-me qual foi, apagou-se da minha memória. Se alguém ler estas palavras e souber do que falo, que se manifeste, por gentileza. Não lembro tampouco personagens, actores, argumento, nada! Só que no geral passava a seguinte ideia - de todas as emoções, o ser humano move-se apenas por duas - o amor e o medo. Todas as outras emoções são simplesmente ramificações, derivações...destas principais. Faz sentido? A mim fez. Às vezes dou por mim a tentar estar bem consciente dos meus actos para ir catalogando o que me está a mover, só para perceber se tem lógica.
Hoje fiz um Bolo de Chocolate branco com Mirtilos. Chocolate branco, ovos, farinha de avelã, mão cheia de Mirtilos - em amor - sem qualquer dúvida! Acendi a lareira - medo - de morrer de frio. Está frio não está? Dei um raspanete à Uva, a fiel rafeira adoptada para que saísse da cozinha não fosse largar pêlo na bancada de mármore que se quer mais imaculada que nunca. Medo - que boicotasse o meu trabalho.
Lavei a louça logo a seguir, não sei bem se - com amor - ao brio que me faz sentir profissional, se - com medo - de falhar às expectativas da minha mãe de eu ser uma dona de casa a preceito.
Entreguei refeições - com amor - alimentar pessoas, mas também - com medo - de deixar de fazer o que tanto gosto. Somos tão frágeis nas nossas pequenas preocupações...É o medo que nos torna estúpidos! Com amor, aceitamos o que temos e fazemos do que temos um tesouro. A vida. Sem as nossas idiossincrasias.
As fragilidades começam a vir ao de cima... e entre reflexões fiquei a pensar se o maior desafio de tudo isto, além de sobreviver, literal e metaforicamente, não será a capacidade de conseguirmos trasmutar as nossas fragilidades e medos, tão expostos agora, com Amor.
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Amei!!!
ResponderEliminarIncondicional. Consciente. Amor.
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